terça-feira, 29 de março de 2011

Commedia dell'Arte

   A Commedia dell'Arte enquanto teatro começa na Itália do século XVI, rompendo com as tradições medievais populares e tentando imitar os mais antigos, com tipos regionais e textos improvisados, que no século XVII dominará os palcos da Europa. O fracasso das tentativas de imitar a tragédia grega. sempre vista através de Sêneca, levou com o tempo a fazer recuar os elementos propriamente trágicos, preferindo-se o ambiente idílico, o happy end e o elemento de poesia lírica, traços que caracterizam o teatro pastoral. Tasso escreveu a primeira e maior peça desse gênero, o Aminta
    
      Os Artistas da commedia dell'arte deram à atividade teatral organização profissional, estruturas e normas que se incorporaram a todo o teatro posterior. Abriram espaço para a participaçÃo das mulheres no elenco, criaram um público estável e uma linguagem própria, que transcende a palavra ou o texto poético. Difundiu-se pela Europa ao longo dos 200 anos seguintes. Algumas de suas características, como a improvisação e o emprego de personagens fixos, levaram certos especialistas a entendê-la como herdeira da atelana, farsa popular da antiguidade romana, embora tal parentesco não tenha sido historicamente comprovado.

      O Teatro de corte italiano, ao qual não faltavam recursos materiais, promoveu a valorização da cenografia em detrimento do ator e evoluiu para a ópera e o balé. Os profissionais da Commedia Dell'Arte, sem recursos para ricas produções, tornaram-se grandes intérpretes e levaram teatralidade a sua expressão mais elevada. A ausência de unidade lingüística na Itália pós-renascentista favoreceu o predomínio da expressão corporal sobre o texto, fato que imprimiu aos espetáculos sua vitalidade..

      As companhias eram formadas por 10 a 12 atores desempenhavam papéis fixos, tocavam, cantavam e dançavam, dominavam a mímica e a acrobacia. O texto funcionava como roteiro indicativo do enredo, pois o que dominava a cena era a improvisação. As peças giravam em torno de desencontros amorosos, com inesperado final feliz. Os personagens eram arquétipos: os enamorados, o doutor, o velho, (Pantaleone), os criados (Arlequim, Polichinelo e Colombina) entre outros. Os tipos eram caracterizados por indumentárias e máscara próprias de cada personagens. http://pt.wikipedia.org/wiki/Comédia_Dell’arte
"Ária" é uma peça musical escrita geralmente para instrumentos monofônicos. Costuma-se dizer que ária é uma peça para uma só voz, o que não é verdade. Ária é uma composição que não se encaixa nos outros estilos(sonata, concerto, etc.) No Barroco, esse termo também era usado para designar peças instrumentais, para orquestra ou solista, que constituíam parte de uma suíte. Um dos exemplos mais famosos é a Ária da Suíte nº 3 para orquestra (Ária da 4ª Corda), de Johann Sebastian Bach. Outro exemplo de ária, pode ser "L'Amour Est Un Oiseau Rebelle", que é ária da Ópera Carmen, de Bizet. pt.wikipedia.org/wiki/Ária
Arte de Massa ou Cultura de Massa, financiada por empresas que fazem tanto as reproduções simplificadas das obras da arte erudita como também compram para produção em escala industrial as obras de artistas individuais e as destinam ao mercado de consumo em larga escala. A cultura de massa, às vezes chamada arte de massa, é constituída por aqueles produtos da indústria cultural que se destinam à sociedade de consumo e que visam responder ao "gosto médio” da população de um país.
      A cultura de massa caracteriza-se por ser produzida por um grupo de profissionais que pertence a uma classe social diferente do público a que se destina; ser dirigida pela demanda, passando, portanto, por modismos; ser feita para um público semiculto e passivo; o “povo”, nesse caso, é só o alvo da produção, não sua origem; ela pode também visar o divertimento como meio de passar o tempo.
      A cultura de massa pressupõe a existência da indústria cultural, de um lado, produzindo artigos em série para serem consumidos pelo público; e, de outro, a "massa", um número indeterminado de pessoas (quanto mais, melhor) despidas de suas características individuais - de classe, etnia, região, e até mesmo de país - que são tratadas como um todo razoavelmente homogêneo, para o qual a produção é direcionada. Por essa razão, essa produção visa atender ao chamado "gosto médio" tendo, também, de deixar de lado as características específicas de classe, de região, de gosto, para assumir uma certa homogeneidade que não causará "indigestão" a ninguém. Dentro da cultura de massa, encontramos dois tipos de produtos: o que é criado pela indústria, dentro de seus modelos, e o que é adaptado a partir de uma obra já existente. Nesse último caso, a fórmula utilizada é a da "pasteurização", que tira o que uma obra de arte tem de expressivo, de diferente, de novo, de específico, para oferecer uma versão pálida e inócua, um arremedo de arte, que parece, mas não é.
      Arte Erudita cria obras de valores universais, é fruto do trabalho de grandes artistas que possuem conhecimentos técnicos e formais apurados. As obras eruditas são marcos de determinadas épocas e trazem reflexões acerca dos modos de expressão plástica e de inovações conceituais. Os produtores da chamada cultura erudita fazem parte de uma elite social, econômica, política e cultural e seu conhecimento ser proveniente do pensamento científico, dos livros, das pesquisas universitárias ou do estudo em geral (erudito significa que tem instrução vasta e variada adquirida sobretudo pela leitura).

      A Arte Erudita e de vanguarda é produzida visando museus, críticos de arte, propostas revolucionárias ou grandes exposições, público e divulgação. Por outro lado, a oposição entre uma cultura erudita ou aristocrática e uma cultura popular ou plebéia permeia toda a história ocidental. Na verdade, o próprio conceito de História está ligado ao do conflito de classes (daí ter Marx proposto que a construção de uma sociedade sem classes, a sociedade socialista, marcaria o fim da História). Assim, a história cultural tem sido marcada desde sempre por essa divisão entre a cultura da elite, considerada, aliás, por muito tempo como a única forma possível de cultura, e a cultura do povo, na verdade vista pela aristocracia dominante como a não-cultura, isto é, como a ausência completa de civilização. Na Roma antiga, essa oposição ficava clara principalmente na literatura e no teatro, em que a língua utilizada pelos escritores para tratar de assuntos nobres e elevados era a língua culta, deixado o sermo vulgaris apenas para o estilo “baixo” da comédia popular. De um modo mais geral, opunha-se a “grande arte”, destinada ao usufruto da aristocracia e, posteriormente, da alta burguesia, ao artesanato e aos folguedos populares, de origem camponesa, vistos sempre como manifestações rudes e toscas de um populacho rude e tosco.

      Arte Popular - Manifestação espontânea da arte Brasileira. É o que o próprio nome indica: arte feita pelo povo. Mas toda arte não é feita pelo povo? Todo artista não é também gente, também povo? Então arte popular é feita por artistas que permanecem sempre ligados a seus ambientes de origem, e que é basicamente consumida por sua comunidade, em seu meio social. Trata-se por exemplo de: objetos de cerâmica ou de tecelagem, manifestações feitas na rua, ditos populares ou ainda histórias contadas e inventadas em rodas de conversa e passadas pelas pessoas através dos tempos. O artista aprende seu ofício como escultura, modelagem e outros, sem terem freqüentado escolas de artes. Mas criam obras de reconhecido valor estético e artístico. A arte popular é intuitiva e trata de valores locais, regionais; representa crenças, lendas, costumes típicos de determinada cultura. O artista popular traduz o universo no qual ele vive, seu dia-a-dia humilde e, muitas vezes, difícil.

      A percepção de que a arte popular abrange os grandes temas da vida social – religião, costumes, aspectos do imaginário, da vida psíquica e festiva – tem permitido, inclusive, sua afirmação como uma arte representativa do pensamento e da filosofia de vida de uma parcela significativa do povo brasileiro.

      Na condição de arte viva, que continua a ser feita contemporaneamente, a arte popular aborda temas que podem estimular discussões acerca das principais questões da atualidade: a relação do homem com o trabalho e o emprego; as soluções econômicas alternativas, encontradas pelos membros das camadas menos favorecidas da população; as relações de gênero, o papel social da mulher na sociedade tradicional e nas comunidades urbanas; a questão populacional; a ocupação do espaço urbano; a ética na vida social; as relações com o sagrado, a lei e a justiça. Analisar essas obras permite, portanto, apreender o ponto de vista e a prática dos grupos historicamente marginalizados, abrindo espaço para novas e revigorantes leituras da realidade atual do Brasil.