sábado, 6 de agosto de 2011

A Redenção de Cã, 1895, de Modesto Broccos y Gomes

                                                   


                 A pintura Redenção de Cã, 1895, de Modesto Brocos y Gomes, é um óleo sobre tela mostrando uma cena pitoresca que retrata os primórdios da miscigenação racial que ocorria no Brasil no século 19: uma negra ergue as mãos para o céu em agradecimento a Deus por ter conseguido "branquear" sua prole.

                 O nome da pintura faz referência à Bíblia. Cã, filho mais novo de Noé, fora amaldiçoado pelo pai por ter rido da nudez do ancião, que, durante um porre de vinho, despira-se na frente de sua família.

                 A maldição de Noé contra Cã foi a seguinte: a partir daquele dia, seus descendentes nasceriam com a pele negra e povoariam a região que hoje conhecemos como África.

Arrufos, 1887, de Belmiro de Almeida

                                                                   
O quadro "Arrufos" foi pintado em 1887. Significa uma das maiores obras primas da pintura nacional. O termo "arrufos" quer dizer uma briga de amor, porém na obra, percebemos muito mais que isso, quando analisamos cuidadosamente. O quadro se localiza no Museu Nacional de Belas-Artes e é sem duvidas uma das mais tristes cenas já pintadas. Percebemos o sofrimento da mulher perante algum ato. E em grande contraste o homem sentado fumando um charuto tão decepcionado que parece ignorar e não dar importância a mulher.

Daguerreótipia

                                                                               
    Processo fotográfico imaginado por Louis Daguerre, e que consistia em fixar numa película de prata pura, aplicada ao cobre, a imagem obtida na câmara escura.
      Imagem produzida pelo processo positivo criado pelo francês Louis Daguerre (1787-1851). No Daguerreótipo, a imagem era formada sobre uma fina camada de prata polida, aplicada sobre uma placa de cobre e sensibilizada em vapor de iodo, sendo apresentado em luxuosos estojos decorados - inicialmente em madeira revestida de couro e, posteriormente, em baquelite - com passe-partout de metal dourado em torno da imagem e a outra face interna dotada de elegante forro de veludo.
      Foi através dos irmãos Chevalier, famosos óticos de Paris, que Niépce entrou em contato com outro entusiasta , que procurava obter imagens impressionadas quimicamente: Louis Daguerre (1787-1851). Este, durante alguns anos, causara sensação em Paris com o seu "diorama", um espetáculo composto de enormes painéis translúcidos, pintados por intermédio da câmera escura, que produziam efeitos visuais (fusão, tridimensionalidade) através de iluminação controlada no verso destes painéis. Niépce e Daguerre durante algum tempo mantiveram correspondência sobre seus trabalhos. Em 1829 firmaram uma sociedade com o propósito de aperfeiçoar a heliografia, compartilhando seus conhecimentos secretos.A sociedade não deu certo. Daguerre, ao perceber as grandes limitações do betume da Judéia, decidiu prosseguir sozinho nas pesquisas com a prata haló z.             
      Dois anos após a morte de Niépce, Daguerre descobriu que uma imagem quase invisível, latente, podia-se revelar gena. Suas experiências consistiam em expor, na câmera escura, placas de cobre recobertas com prata polida e sensibilizadas sobre o vapor de iodo, formando uma capa de iodeto de prata sensível à lu com o vapor de mercúrio, reduzindo-se, assim, de horas para minutos o tempo de exposição. Conta a história que uma noite Daguerre guardou uma placa sub-exposta dentro de um armário, onde havia um termômetro de mercúrio que havia se quebrado. Ao amanhecer, abrindo o armário, Daguerre constatou que a placa havia adquirido uma imagem de densidade bastante satisfatória, tornara-se visível. Em todas as áreas atingidas pela luz, o mercúrio criara um amálgama de grande brilho, formando as áreas claras da imagem. Após a revelação, agora controlada, Daguerre submetia a placa com a imagem a um banho fixador, para dissolver os halogenetos de prata não revelados, formando as áreas escuras da imagem. Inicialmente foi usado o sal de cozinha, o cloreto de sódio, como elemento fixador, sendo substituído posteriormente por tiossulfato de sódio (hypo) que garantia maior durabilidade à imagem. Este processo foi batizado com o nome de Daguerreotipia.

Pintura Acadêmica no Brasil

imagem:Independência ou Morte, mais conhecido como O Grito do Ipiranga,Pedro Americo
                                                                                  
Em meados do século XIX, o Império Brasileiro conheceu certa prosperidade econômica, proporcionada pelo café, e certa estabilidade política, depois que Dom Pedro II assumiu o governo e dominou as muitas rebeliões que agitaram o Brasil até 1848. Além disso, o próprio imperador procurou dar ao país um desenvolvimento cultural mais sólido, incentivando as letras, as ciências e as artes. Estas ganharam um impulso de tendência nitidamente conservadora, que refletia modelos clássicos europeus.
Uma das características gerais da pintura acadêmica é seguir os padrões de beleza da Academia de Belas Artes, ou seja, o artista não deve imitar a realidade, mas tentar recriar a beleza ideal em suas obras, por meio da imitação dos clássicos, principalmente os gregos, na arquitetura e dos renascentistas, na pintura.  Os principais artistas acadêmicos são:

Pedro Américo  - Sua pintura abrangeu temas bíblicos e históricos, mas também realizou imponentes retratos, como o De Dom Pedro II na Abertura da Assembléia Geral, que é parte do acervo do Museu Imperial de Petrópolis - RJ. A sua obra mais divulgada é O Grito do Ipiranga, que atualmente no Museu Paulista.

Vitor Meireles - Em 1861, produziu em Paris, a sua obra mais conhecida A Primeira Missa no Brasil. No ano seguinte, já em nosso país, íntou Moema, que trata da famosa personagem indígena do poema Caramuru, de Santa Rita Durão. Os seus temas eram os históricos, os bíblicos e os retratos.
Almeida Júnior - Considerado por alguns críticos o mais brasileiro dos pintores nacionais do século XIX. Suas obra retratam temas históricos, religiosos e regionalistas, além disso produziu retratos, paisagens e composições. Suas obras mais conhecidas são: Picando Fumo, O Violeiro e Leitura.

Missão Artística Francesa no Brasil


                                                              imagem: O Jantar, de Jean-Baptiste Debret

Há duas versões sobre a origem da Missão. A primeira afirma que, por sugestão do conde da Barca, o príncipe Dom João (1767 - 1826) requer ao marquês de Marialva, então representante do governo português na França, a contratação de um grupo de artistas capaz de lançar as bases de uma instituição de ensino em artes visuais na nova capital do reino. Aconselhado pelo naturalista Alexander von Humboldt (1769 - 1859), Marialva chega a Lebreton, que se encarrega de formar o grupo. A outra versão2 afirma que os integrantes da Missão vêm por iniciativa própria, oferecendo seus serviços à corte portuguesa. Formados no ambiente neoclássico e partidários de Napoleão Bonaparte, os artistas se sentem prejudicados com a volta dos Bourbon ao poder. Decidem vir para o Brasil e são acolhidos por D. João, esperançoso de que possam ajudar nos processos de renovação do Rio de Janeiro e de afirmação da corte no país. Recentemente historiadores buscaram um meio termo entre a duas versões, que parece a mais plausível. Fala-se em casamento de interesses: por um lado, o rei teria se mostrado receptivo à criação da academia; a par dessa informação, Lebreton, com o intuito de sair da França, teria oferecido seus serviços, arregimentando artistas dispostos a se refugiar em outro país.
Não foram poucas as dificuldades encontradas pelo grupo para realização da missão. A Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios é criada por decreto no dia 12 de agosto de 1816, estabelecendo pelo período de seis anos pensão aos artistas franceses. No entanto, ela não passa de uma medida formal, pois não chega a funcionar, devido a causas políticas e sociais: a resistência de membros lusitanos do governo à presença francesa; as dificuldades impostas pelo representante da monarquia francesa, o cônsul-geral coronel Maler; o atraso de ordem material e estrutural no qual se encontrava o Rio de Janeiro; o desprezo da sociedade por assuntos relativos às artes. A escola abre as portas somente em 5 de novembro de 1826, passando por dois outros decretos, o de 12 de outubro de 1820, que institui a Real Academia de Desenho, Pintura e Arquitetura Civil, e o derradeiro, de 25 de novembro do mesmo ano, que anuncia a criação de uma escola de ensino unicamente artístico com a denominação Academia e Escola Real.
Durante o longo tempo de espera, os franceses seguem com suas atividades. Notadamente Debret e Grandjean de Montigny aceitam encomendas oficiais. O primeiro realiza diversas telas para a família real e o último é responsável pelo edifício da Academia Imperial de Belas Artes - Aiba e outras obras públicas, como o prédio da Alfândega (atual Casa França-Brasil). Por ocasião das festas comemorativas da coroação de Dom João VI, em 1818, ambos idealizam, com Auguste Taunay, a ornamentação da cidade. Debret também se dedica ao ensino de desenho e pintura num espaço alugado, enquanto realiza as aquarelas que marcariam sua obra da fase brasileira.5 No Rio de Janeiro, Nicolas Taunay segue como pintor de paisagem encantado com a natureza tropical.
A situação torna-se difícil com a morte de Lebreton em 1819, e a nomeação, em 1820 do pintor português Henrique José da Silva (1772 - 1834) para a direção da Academia Real. Nicolas Taunay decide voltar para França em 1821 e é substituído pelo filho Félix Taunay (1795 - 1881). Os outros tentam adaptar-se à realidade de uma academia distante de seus planos originais. Com a chegada de reforços franceses, os irmãos Marc Ferrez (1788 - 1850) eZepherin Ferrez (1797 - 1851), escultor e gravador, respectivamente, os remanescentes da Missão6 procuram resistir às adversidades criadas pelo novo diretor. Debret não agüenta por muito tempo e retorna à França em 1831, levando seu aluno preferido, Porto Alegre (1806 - 1879).
Historicamente, além da importância da Missão Artística Francesa como fundadora do ensino formal de artes no Brasil, pode-se dizer que durante o tempo em que esses artistas permanecem no país, dentro ou não da Academia, eles ajudam a fixar a imagem do artista como homem livre numa sociedade de cunho burguês e da arte como ação cultural leiga no lugar da figura do artista-artesão, submetido à Igreja e seus temas, posição predominante nos séculos anteriores. www.itaucultural.org.br/...ic/index.cfm?...

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Poesia

MANDE SUA POESIA Tbm


O que te prende
Nessa grande corrida
O que se aprende
De uma vida não vivida
O que se espera
De um outro alguém
O que te espera
Numa outra vida, no além
O que se vê
De um olho cego
No que se crê
Num futuro incerto
A vida passa
Com pressa ou com demora
O tempo não espera
A hora é agora
__________________________________________

Um mundo diferente
Cada um cria o seu 
O que esperar da gente
O que se perdeu 
Uma única chance
É o que se tem
Viver um grande romance
Ou esperar por alguém
Criar o seu mundo
Para esquecer o que passou
Ou esperar o fim de tudo 
Procurar o que não achou
A história da sua vida
Faça como quiser
Uma história que foi vivida 
Seja como vier
Uma única chance
Para se aprender
Viva neste instante
Veja o que se vê 
__________________________________________

As horas passam
O tempo vem e vai
Os dias não chegam
O tempo não volta mais

Semanas longas
Sábados apenas borrões 
Segunda a sexta uma demora
Domingos vêm e vão

Pessoas para ver
Outras para lembrar 
Simplesmente esquecer
As pessoas vão passar

Brigas e confusões
O tempo apagará
Ou talvez não
Somente o tempo dirá

O tempo não voltará
Mas cada um tem o seu
Fazer a roda girar
Não chorar pelo que se perdeu 



Autora: Vitória Jamille Lira Alves - 2ºC